O câncer renal (CCR)é o terceiro tumor urológico mais comum , apresentando uma incidência anual de 220.000 casos . Representa 5% e 3% de todas as neoplasias em adultos em homens e mulheres, respectivamente, representando o 7o câncer mais comum em homens e o 10o câncer mais comum em mulheres.
Após mais de duas décadas de taxas crescentes, as tendências de incidência do CCR em todo o mundo mostraram sinais de estabilização ou diminuição nos últimos anos. Além dos fatores de risco bem conhecidos para o CCR, tais como tabagismo, obesidade e hipertensão, evidências estão se acumulando para sugerir um papel etiológico ou, ao contrário, protetor, por fatores adicionais , como o tricloroetileno. Além disso, o CCR também parece ser mais comum em pacientes com insuficiência renal terminal ou doença cística renal adquirida, e em pacientes em diálise, aqueles que tiveram transplante renal ou aqueles com síndrome de esclerose tuberosa.
Aproximadamente 2% -3% de todos os CCRs são hereditários e várias síndromes autossômicas dominantes são descritas, cada uma com uma base genética e fenótipo distintos, sendo a mais comum a doença de Von Hippel Lindau (VHL).
A maioria dos casos de CCR é fortemente suspeitada por exames de imagem. O diagnóstico é geralmente sugerido pela US e posteriormente investigado por tomografia computadorizada, que permite a avaliação da invasividade local, envolvimento de linfonodos ou metástases à distância. Ressonância magnética (MRI) pode fornecer informações adicionais na investigação de avanço local e envolvimento venoso por trombo tumoral.
A nefrectomia parcial (NP) é recomendada como a opção preferida em tumores restritas ao órgão, medindo até 7 cm (indicação eletiva). Esta pode ser aberta ( maior taxa de sangramento , mais dor , tempo longo de retorno as atividades e aspecto cosmético pior ) ou mais recentemente laparoscopia e robótica
A cirurgia laparoscópica, descrita em 1993 , foi a grande mudança de pardigma , principalmente após o Dr Andrew Novick descrever e disseminar a técnica aberta. Mínimas incisões , otima comese , recuperação mais rápida e menor taxa de sangramento foram os argumentos para sustentar a sua indicação em detrimento da cirurgia com corte .
A partir dos anos 2000, a cirurgia robótica veio como uma alternativa ainda melhor para a retirada desses tumores , com preservação renal . A grande amplitude de movimentos das pinças , ausência de tremor e a visão 3 D , trouxe um misto de satisfação do cirurgia com melhores resultados , que hoje em dia justificam o seu uso , apesar do preço elevado dessa cirurgia .
A nossa equipe tem feito cirurgia laparoscópica há 9 anos , adquirindo ampla experiência , com artigo publicados e trabalhos mostrados em congressos nacionais e internacionais . Trouxemos nossa experiência para a robótica e temos feito muitos casos utilizado dessa técnica .